As 5 sementes de pastagem que os grandes pecuaristas preferem

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Você sabe quais são as 5 plantas mais utilizadas nos pastos brasileiros? E conhece as vantagens delas? Neste artigo nós te contaremos tudo sobre os principais tipos de pastagens do Brasil.

 

Principais pastagens utilizadas

  1. Brachiaria brizantha Marandú
  2. Brachiaria decumbens
  3. Brachiaria humídicola
  4. Brachiaria ruziziensis
  5. Panicum Maximun Mombaça

 

Agora que já sabemos quais são as plantas mais utilizadas, vamos conhecer melhor essas plantas?

 

Brachiaria brizantha

Brachiaria brizantha, mais conhecida como Brachiarão ou Marandu. É a planta mais utilizada para pastagens no Brasil. E esse fenômeno não é recente. A cultivar foi amplamente introduzida no país a mais de 30 anos.

O uso expansivo dessa cultivar se dá, principalmente, pela rusticidade da planta. Ela se adapta a muitas condições adversas de solo e de clima. Além de ser de fácil manejo, permite pisoteio e ainda tem um excelente valor nutricional, ótima digestibilidade e palatabilidade.

As raízes da planta são profundas e fortes o que aumenta a tolerância ao frio. Uma das principais vantagens desta cultivar é o fato dela ser muito resistente ao ataque de pragas, inclusive da cigarrinha-das-pastagens. A Brachiaria brizantha não exige muitos cuidados nem o uso de aditivos caros, tornando uma alternativa barata e de fácil manejo.

 

Brachiaria decumbens

A Brachiaria decumbens é uma das mais controversas cultivares desta lista, ela já esteve entre as mais utilizadas, depois perdeu o posto, mas recentemente está em ascensão novamente. Toda essa variação se deve a suscetibilidade da cultivar a ataques de pragas especialmente insetos e fungos. Porém a cultivar consegue se adaptar muito bem ao solo pobre do cerrado brasileiro.

No geral a decumbens pode ser definida pelo adjetivo “rústica”, aceita bem tanto o pastejo intenso quanto o pisoteio, também impede a proliferação de ervas daninhas.

Chega a produzir 12 toneladas de matéria seca por hectare, e possui um custo, relativamente baixo de plantio e de cuidado, uma vez que não necessita de muito preparo prévio do solo.

O cerrado brasileiro é uma região de solo seco e poroso, a soma dessas características leva a lixiviação constante do solo, levando junto com a umidade todos os nutrientes e tornando muito difícil o plantio de qualquer coisa nesta região. Apesar disso, a região ainda é um dos principais locais para o agronegócio, especialmente por seus planaltos e pela baixa densidade populacional.

 

Brachiaria humidicola

Apesar de ser a terceira cultivar mais utilizada por pecuaristas, a humidicola possui aplicações bem específicas, e é uma excelente opção dentro dessas condições. A primeira dessas condições onde a cultivar é indicada é para áreas susceptíveis a inundações.

Outro uso muito interessante da humidicola é para paridor, já que é um capim baixo e permite a visualização do bezerro tanto pelo cuidador quanto pela mãe, diminuindo o stress dos animais.

Para áreas de morro a cultivar também é muito indicada, principalmente por ter uma característica muito forte de fechar e proteger o solo. Uma das poucas desvantagens que a humidicola tem é que ela não é muito bem recebida por bois, apesar de ser apreciada pelas vacas. Mas se o boi for mantido por algum tempo no pasto com humidicola ele cria uma boa palatabilidade a ela.

Outra desvantagem é que ela não tem muita resistência à cigarrinha das pastagens e possui baixo valor nutricional.

 

Brachiaria ruziziensis

Esta cultivar é conhecida por ter um bom valor nutricional entre as Brachiarias, seu formato de crescimento em touceiras evita que plantas invasoras atrapalhem seu crescimento, é muito indicada para gado de corte e leiteiro, porém ela é muito susceptível ao ataque das cigarrinhas, o que atrapalha seu uso.

Os animais gostam muito, sendo muito palatável. Porém por sua palatabilidade pode ser um problema, uma vez que os animais, literalmente, comem todo o pasto disponível diminuindo muito a capacidade de rebrota da cultivar. Ou seja, é importante estar atento para não permitir que os animais façam a “raspada” do solo, se isso ocorrer a planta não consegue rebrotar e o plantio precisa ser refeito.

A cultivar não tem resistência nem ao fogo nem à geada, o seu uso mais indicado é para a fenação. Muitos agricultores usam a ruziziensis como entressafra para a soja, considerando que a planta mantém as invasoras longe. Muito indicada para áreas de integração lavoura-pecuária.

 

Capim Mombaça

O capim mombaça completa o top-5 das pastagens mais utilizadas no Brasil, a única representante fora da família das Brachiarias, o Campim Mombaça conseguiu esse posto por ser uma das cultivares que mais produz massa seca, superando inclusive o Marandu, porém não tem tanta rusticidade quanto as Brachiarias o que obriga os produtores a escolherem apenas solos férteis. Mesmo assim, a capacidade de rebrota é boa e tem resistência ao pisoteio.

O capim mombaça é indicado para uso em propriedades menores, locais onde ele tem sido muito utilizado em detrimento do capim elefante, especialmente para o gado leiteiro. Contudo, ele também tem bons números no que diz respeito à engorda do gado.

A maior produtividade vem acompanhada de um custo mais alto também, especialmente pelo uso de fertilizantes e corretivos, além de inseticidas que são necessários, uma vez que a cultivar possui resistência mediana à cigarrinha-das-pastagens.

Os médios produtores também têm utilizado o mombaça como alternativa para a integração dos sistemas lavoura/pecuária.

 

Conclusão

As 5 sementes que comentamos aqui são as mais utilizadas pelos pecuaristas brasileiros, cada uma delas tem um uso específico recomendado de forma a ter maior rendimento. Além delas, existem outras plantas que também podem ser utilizadas, especialmente o Panicum (mesma espécie do capim mombaça) que também pode ser utilizada especialmente para o gado de corte. No geral, o Panicum tem produção em larga escala e palatabilidade boa, mas pouca rusticidade em relação a pestes e ao clima.

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